Poesias 3 (Daniel Santoro)
A Luz no Bosque Sombrio
Caminhando sozinho e com frio
Deparei-me com um bosque sombrio
E uma luz que no fundo irradiava
Fascinado com o brilho radiante
Só pensava em seguir adiante
E a luz revelou-me onde estava
Indicou-me a saída
Mas sem luz o que é vida?
Resolvi lá ficar
Só com ela voltar
Sei que há luzes a beça
Em todo lugar
Mas não há como essa
Pra me iluminar
Vejo sombras no enredo
Que só sabem assustar
O meu único medo
É a luz se apagar
Não é conto de fadas
Mas de bruxa tão pouco
Não me tome por louco
Aceitei a jornada
Que ao bosque conduz
Pois você é minha amada
Você é minha luz
O Amor do Guerreiro
Queria ser o seu guerreiro paladino
Mas não tenho essa sorte
Enfrentaria meu destino
Mesmo que fosse a morte
Talvez não seja tão forte
A ponto de te dar tudo
Mas por mim seria amada
Prefiro o escudo ao invés da espada
Ou da flecha qual Cupido
Um guerreiro de verdade
De ferir não tem coragem
Pois sabe o que é ser ferido
Mais que um Beijo
Desejo seu bem
E a sua liberdade
Só não quero viver sem
A minha felicidade
Seu beijo...
É verdade que desejo
Mas o que mais valorizo
É a luz do seu sorriso
Demonstrando sua alegria
Que será também a minha
A Pedra e a Água
A água certa vez
Seguindo a correnteza
Admirou a solidez
Tomando-a por beleza
Era a pedra a chamá-la
Radiante em seu altar
Adiante em cortejá-la
Quis a água se elevar
Limitando-se a circunda
Pois a pedra não se inclina
Se o faz ela se afunda
Decretando triste sina
Água mole em pedra dura
Tanto bate até que fura
Não se bate em quem se ama
O que fura fere e inflama
Entre pedra e entre água
Como pode existir chama?
Segue o fluxo e deságua
Pra trás deixa sua dama
Afogando sua mágoa
Na esperança de ser lama
A Verdade Chegará
A Verdade chegará
Com o medo acompanhando
Virá tarde, galopando
Destruindo as fantasias
Não aguarde, não espera
Chegue cedo, dome a fera
E descubra um novo dia
Se anima, desafia
Sua lâmina se afia
E em frente a Nova Era
A Tensão
Olhos abertos
Tão certos
Daquilo que vêem?
Olhos alertas
Desperta
Não nana neném
Olhos poetas
Sem setas
Além
Afeta os sentidos
Ouvidos
Ouvidas
Palavras floridas
Encantam a vida
De quem vive um sonho
Acorda ligeiro
Que o seu pesadelo
Avança medonho
Retroalimentação
Eu quero te abraçar junto ao meu peito
Encostando o coração no seu ouvido
E apenas te pedir que desse jeito
As batidas te sufoquem esse ruído
Eu quero ir além
Quero a paz que só posso alcançar
Ao saber que está bem
Eu quero ser capaz de compensar
Todo caos que te causei
E que paira ainda no ar
Desde o dia em que eu te amei
Eu quero dividir a sua dor
Pois sinto que é disso que preciso
Tentar te alimentar com meu amor
E me retroalimentar com seu sorriso





